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terça-feira, 3 de abril de 2012


  
Por que procurar um Psicólogo?


Porque a Psicologia significa o estudo da alma, ciência que se dedica a estudar o sujeito em toda sua dimensão, sua essência: mente e corpo, contentores da razão, intuição, sentimentos, desejos, emoções, comportamentos e seus conflitos nas relações com os outros e consigo mesmo.

Existem muitas maneiras de entender, assimilar e conceituar os conteúdos psicológicos e, dependendo do enfoque dessa análise, surgem as diferentes teorias que vão compreender e explicar a natureza humana de cada sujeito, frente à si e seus conteúdo psíquicos.

As chamadas abordagens ou linhas teóricas da Psicologia, como a Psicanálise, a Psicologia Existencial-Humanista, o Psicologia Psicodramatista, a Psicologia Comportamental, a Psicologia Corporal, a Psicologia Reflexiva entre outras, servem de base e suporte científico para a natureza do tratamento e compreensão do conflito do sujeito, em sua interioridade, subjetiva e inter-subjetiva.

Embora cada uma delas estude o homem de uma forma diferente, todas buscam compreendê-lo de maneira global e todas contribuem na obtenção de uma visão mais precisa e detalhada da condição e características humanas. Da mesma forma, são as técnicas para aplicar clinicamente os conhecimentos psicológicos. A aplicação e intervenção clínica das técnicas psicológicas com objetivo de tratamento são denominadas de Psicoterapia.

A Psicoterapia objetiva auxiliar o indivíduo a lidar com suas emoções e com seus conflitos psicológicos da mesma forma que uma professora pedagoga auxilia aqueles alunos que estão sofrendo um problema de aprendizagem, ou um advogado auxilia aquele que tem um problema judicial.

Parece lógico um aluno que não está aprendendo bem procurar um professor particular ou mesmo aulas extras ou alguém que perdeu suas terras ou briga judicial de família procurar um advogado, por exemplo. Mas por que ainda é tão difícil para aqueles que sofrem com seus problemas psicológicos, seja de natureza individual, de casal ou de família procurar um psicólogo?

Existem muitas respostas possíveis para esta pergunta como o antigo preconceito de que a Psicologia só trata de loucos, a idéia de ser um tratamento caro ou então muito demorado, etc. Assim, a pessoa até pensa em buscar ajuda, mas por vergonha ou desinformação, acaba desistindo. A Psicoterapia, ao contrário do que muitos pensam, é um tratamento com começo, meio e fim, onde o psicólogo aplica seus conhecimentos para diagnosticar o problema, entender e criar estratégias, juntamente com, a pessoa que o procurou, para solucioná-lo.

Assim como um médico trata do problema físico, o psicólogo trata do problema psicológico. As dores emocionais, que provocam no corpo físico sintomas dolorosos.

Mas que dores são essas?

Angústias, medos, ansiedades, os problemas de relacionamento, que desencadeiam as depressões e tantas outras dificuldades e inquietações que dificultam ou, até mesmo, impedem o desenvolvimento saudável da vida da pessoa que sofre por não saber lidar com elas.
 
A psicoterapia é o caminho de enfrentamento dessas questões que incomodam. É um cuidado que se tem com sua saúde emocional. Ter saúde não significa apenas não ter alguma doença instalada no corpo ou na mente, ter saúde significa viver bem, ter qualidade de vida subjetiva e objetiva, dispor de bem-estar físico – prazer constante corporal, psíquico – sensação mental de leveza e alegria e social – prazer de convier e compartilhar da companhia de outras pessoas.

Buscamos fontes de alegria e prazer de diversas formas como no happy hour com os colegas após o trabalho, em casa dialogando com a família e compartilhando histórias.
Lidamos com nossos problemas, enfrentamos as dificuldades que vão surgindo e aproveitamos os bons momentos que vivemos, mas o que fazer quando as coisas não ocorrem assim?

Existem muitas pessoas que se sentem mal frequentemente, não conseguem levar bem suas vidas, mas preferem mascarar seu sofrimento e esperar que ele passe por si só. Pensam que nada podem fazer a respeito, mesmo sentindo-se infelizes e inadequadas, querem falar e não sentem que são realmente ouvidas ou compreendidas pelas pessoas de seu convívio. Por vezes não se percebem irritadas, agredindo verbalmente filhos e companheiros. Alguns se calam, preferem se isolar.

Existe também quem passa a se entorpecer com drogas e os que podem se engajar em comportamentos viciados e destrutivos como, por exemplo, a utilização exagerada e inapropriada de jogos, da atividade sexual ou de comportamentos de auto-risco para si e para os outros.

Tudo isso pode ser muito eficaz para manter a ilusão e enganar a si mesmo e arrastar seus sofrimentos por mais tempo, mas nunca irá de fato resolver nada de concreto, pelo contrário, vão contribuir para a piora do quadro de angústia, culpa, sensação de vazio, além de outros problemas mais sérios que podem surgir.
 
Quando algo não vai bem, incomoda, machuca, persiste e não encontramos recursos suficientes em nós mesmos para compreender e enfrentar a situação que está afetando ou impedindo o andamento saudável de nossa vida, é o sinal de que necessitamos buscar um auxílio psicológico, é sua alma gritando num silêncio escuro e desesperador.

A Psicologia vai buscar um ponto de equilíbrio entre suas emoções, suas razões: pensamentos e sentimentos, e, seus comportamentos para favorecer atitudes que gerem segurança e bem-estar.

O psicólogo vai escutá-lo e ajudá-lo a identificar suas dificuldades e necessidades, a refletir a respeito delas e de suas causas criando meios para tratar estes conflitos, gerando, assim modificações positivas em sua vida.

A Psicoterapia pode, realmente, lhe trazer muitos benefícios, mas é importante saber que isso leva tempo e demanda esforço e disciplina do paciente. É um processo muitas vezes doloroso, mas que traz como recompensa o amadurecimento, crescimento e desenvolvimento pessoal.

A procura pelo auxílio de um psicólogo pode se dar pelos mais diversos motivos que vão desde problemas emergenciais muito bem focalizados, orientações e esclarecimentos, dificuldades existenciais ou mesmo pela busca de autoconhecimento.
 
Problemas de relacionamento interpessoal com a família, amigos, colegas de trabalho, cônjuge-Timidez – Depressão – Stress – Insegurança – Dificuldades Afetivas – Incapacidade para lidar com mudanças – Fobias – Pânico – Alterações frequentes de humor – Transtorno de ansiedade – Transtorno Obsessivo-Compulsivo – Transtornos alimentares – Problemas sexuais – Doenças psicossomáticas – Problemas de aprendizagem – Orientação vocacional – Crises de transição das fases da vida como adolescência, maturidade, envelhecimento, etc.

Quanto mais cedo se procura ajuda, mais cedo se diagnostica e se trata o problema. Para que o processo psicoterapêutico se dê de forma satisfatória é preciso saber que o psicólogo não tem sozinho as respostas que você procura e, portanto, não lhe dará soluções mágicas.

Não tenha receio de visitar alguns profissionais antes de se decidir por aquele que você mais gostou. Procurar ajuda psicológica é um sinal de coragem e maturidade. É a oportunidade que você se dá para olhar de frente seus problemas e as dificuldades causadoras de infelicidade e sofrimento para aprender a melhor maneira de lidar com elas, se fortalecer, desenvolver seus potenciais, se autoconhecer.


É um investimento em sua qualidade de vida psíquica, orgânica e social, e no seu crescimento pessoal. Fazer psicoterapia é reservar um espaço, um lugar e um tempo na sua vida para cuidar de si.


Gelci Nogueira
Psicóloga Clínica


DICA:

É importante lembrar que o correto é dizer: 'estou em Psicoterapia', se o(a) profissional, é da área de Psicologia. 'Estou em (na) Análise', se o(a) profissional é um(a) (Psic)analista. Ao invés de, simplismente: 'estou na Psicóloga'; 'estou na Terapia' (sendo com uma Psicóloga). Terapias há muitas e em diversas áreas, e a Psicoterapia é o ícone da Psicologia Clínica! Deu pra diferenciar?!


SER PSICÓLOGO É UM CHAMAMENTO DIVINO!

Fonte: Psicologia.com.pt – O Portal dos Psicólogos


SOBRE O PERDÃO E O PERDOAR


Odiar alguém, manter o ressentimento, é uma forma de ficar preso ao passado e a essa pessoa.


Algumas pessoas são levadas a pensar que perdoar é um acto simples. Puro engano. O verdadeiro perdão não é aquele que resulta de uma atitude de arrogância do tipo “vou passar por cima do assunto, porque sou melhor que tu e, por isso mesmo, até te consigo perdoar”.

O perdão genuíno é muito mais do que isso. É o culminar de um processo que requer coragem, determinação e, acima de tudo, reflexão. Quando afirmo que não é fácil, tenho como ponto de partida o facto de as ofensas mais dolorosas estarem, no geral, associadas a um ataque à auto-estima. Por este motivo são geradoras de tanto ódio e ressentimento. Sofremos porque sentimos que fomos alvo de uma injustiça, de um ataque que nos atinge muito fundo e provoca graves feridas emocionais. Mas não é possível falar de perdão, sem falar do ódio.

Esse sentimento tão intenso que vive nas antípodas do amor e que se parece tanto com ele … aliás, já todos nós um dia nos questionámos, porque é que o nosso vizinho mantém o casamento com a mulher, apesar de se darem tão mal? O elemento de ligação passou a ser o ódio, ao invés do amor.

Atacam-se, destroem-se progressivamente mas mantêm-se juntos numa relação sadomasoquista. É também este tipo de mecanismo que impede muitas pessoas de perdoarem outras. Remoem os assuntos vezes sem conta, anos a fio, sem saírem do mesmo lugar e sem terem a coragem de dar o passo seguinte que poderia iniciar o processo que levaria ao perdão. Mas não é isso que desejam.

Muitas relações que têm o ódio como laço, não sobreviveriam ao perdão. O ódio é, assim, a única forma de evitar o sentimento de vazio e, por conseguinte, a depressão. Mas, perdoar é bastante distinto de esquecer. É preciso recordar a situação traumática para só depois conseguir arrumá-la. Trazer a dor à superfície e, posteriormente, passar a analisar até que ponto esta situação mudou as nossas vidas.

Um exemplo muito comum surge após a ruptura de uma relação afectiva. Algumas mulheres cedem à tentação de generalizar e afirmam coisas do tipo “os homens são todos iguais”. Assim, a situação de amor frustrado, levou à alteração da percepção do mundo e este é um ponto que se torna necessário realinhar. Seguidamente, é preciso criar a capacidade de empatia com o agressor.

Esta é, seguramente, a fase mais complicada de todo o processo, porque implica conseguirmos ser capazes de nos colocarmos na pele de quem nos fez mal e percebermos o porquê do que aconteceu. Talvez nos tivéssemos encontrado no lugar certo mas no momento errado, talvez alguém no passado lhe tenha feito a mesma coisa, talvez, talvez… podemos também argumentar que nada temos a ver com isso. Afinal de contas não temos de ser atingidos por coisas que não foram da nossa responsabilidade! É verdade… mas, há que ter bem presente que o objectivo a atingir é conseguirmos perdoar o agressor e, este objectivo envolve-se de aspectos muito positivos, tanto a nível psicológico, como físico.

É hoje consensual na comunidade cientifica, que são enormes os benefícios do perdão. As pessoas movidas constantemente por desejos de vingança, colocam-se muito mais numa situação de risco de morte prematura devido a doenças cardiovasculares. O acto de perdoar diminui a tensão arterial, reduz a pressão sanguínea e a taxa de batimentos cardíacos.

Além do mais, o ressentimento e a falta de perdão são âncoras que mantemos no passado. Impedem-nos de ir para a frente, de colocar definitivamente pontos finais na situações e, em vez disso, optamos pelas reticencias, pelos finais em aberto que apenas nos trazem mais e mais dor . Para quê ? Com que objectivo ? Só se formos masoquistas…

Psicóloga Teresa Paula Marques

Fonte: http://www.teresapaulamarques.com/